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Um Tornado de Igualdade

Era uma vez uma pequena cidade chamada Esperança, que parecia se aninhar delicadamente nas palmas das colinas verdejantes. Mas não se engane pela calma aparente, pois Esperança era conhecida por algo muito mais vibrante e imprevisível – os tornados.

Todos os anos, sem falha, os céus se escureciam e as nuvens se curvavam sob o peso da tempestade vindoura. Os tornados chegavam, revirando tudo em seu caminho, deixando vestígios de destruição que pareciam atestar contra a própria natureza da cidadezinha.

Mas este ano foi diferente. Havia no ar um sentimento coletivo de mudança que até mesmo o vento parecia sussurrar. As pessoas de Esperança haviam se cansado da desigualdade despertada pelo inevitável evento atmosférico. Sob a liderança de Sr. Eduardo, um idoso sábio e bondoso, eles se reuniram na praça central.

Sr. Eduardo, que cada ruga parecia contar a história de um tornado passado, falou com voz serena: “Não podemos mais permitir que o poder destrutivo dos tornados seja uma metáfora para a divisão em nossa sociedade. Vamos construir abrigos não apenas para nós, mas para todos os seres vivos, para que ninguém, e digo ninguém, seja deixado para enfrentar o vento sozinho.”

Os habitantes de Esperança ouviram atentamente e concordaram com Sr. Eduardo. Unidos, começaram a construir abrigos firmes e seguros. Não apenas para eles, mas para todos – inclusive os animais da cidade.

Cachorros, gatos, pássaros, e até mesmo o rebelde bando de guaxinins, receberam seu próprio santuário contra a fúria dos tornados. Era um espetáculo ver como a solidariedade e a compaixão podem ser mais fortes do que os ventos mais selvagens.

No meio do esforço comunitário, uma passagem da Bíblia veio à mente de muitos:

“Façam aos outros o que vocês querem que eles façam a vocês.” (Lucas 6:31)

Foi este conceito simples, mas poderoso de justiça social que moveu Esperança enquanto lidava com a força descomunal dos tornados. E quando a época dos tornados chegou, a cidade estava pronta. Homem e animal, jovem e velho, todos encontraram refúgio nos abrigos construídos pela comunidade.

E assim como os tornados vieram e passaram, Esperança permaneceu – mais forte e mais unida. A lição que aprenderam foi simples, mas transformadora: Juntos, somos o abrigo um do outro contra as tempestades da vida. Que a força dos tornados nos lembre sempre de que a justiça social começa com a compaixão partilhada e ações concretas para garantir a segurança e o bem-estar de todos os membros de nossa comunidade.

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