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O Sonho da Dançarina

Era uma vez em um bairro simples, onde as casas guardavam histórias de gerações, vivia a pequena Marina, uma menina de olhos brilhantes e um sonho maior que o mundo: ela queria ser dançarina. Não qualquer dançarina, mas uma que encantasse multidões com seus passos.

Todos os dias, após as aulas, ela corria para casa, cuidava de seu avô, Seu João, que embora fosse um senhor de idade, tinha um coração jovem e era o maior fã dos espetáculos de sua neta. O entardecer se enchia de vida com a música que ecoava do antigo toca-discos e com os pés descalços, Marina dançava na sala simples, sob os olhos atentos de seu avô.

“Você nasceu para isso, minha pequena dançarina”, dizia ele com um sorriso que enrugaria ainda mais o rosto. Notando a fadiga em seus olhos, Marina se sentava ao lado dele e escutava as histórias de quando era jovem e sonhava em ser jogador de futebol. “A vida nos faz driblar muitas bolas, querida”, he advertia.

Um dia, a oportunidade que Marina tanto sonhava chegou: uma escola de dança famosa na cidade oferecia audição para bolsas de estudo. Porém, a alegria durou pouco, pois a família não tinha condições de comprar o traje apropriado para a seleção.

A desilusão bateu à porta daquela família, mas foi a vez de Seu João dançar conforme a melodia da vida. Com dedos ágeis de quem conhecera o trabalho e a escassez, o avô passou noites costurando secretamente, transformando um antigo vestido de sua falecida esposa no traje perfeito para uma dançarina.

Na manhã da audição, ele revelou a surpresa: “Uma dançarina precisa brilhar, e nada brilha mais que o coração”, disse, entregando o vestido nas mãos trêmulas de Marina. Esse gesto devolveu à menina a confiança para dance again.

Marina entrou no palco com a presença de uma verdadeira dançarina e dançou como se danças levassem todos seus sonhos às estrelas. Cada movimento seu contava a história do vestido, da saudade, da esperança e do amor.

Como em um conto de fadas, a pequena dançarina ganhou a bolsa de estudos, mas ganhou algo ainda mais importante: a compreensão de que a superação e o amor são os verdadeiros passos de dança da vida.

E assim, nossa dançarina aprendeu que não são apenas nos palcos que se dança. Dança-se na lida diária, superando desafios, conversando com as rugas do tempo e tecendo sonhos com os fios de memórias amadas. E a moral dessa história, meu caro leitor, é que a superação vem da dança silenciosa que fazemos com as dificuldades, transformando tristezas em triunfos e traços de passado em passos de futuro.

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Um comentário
  • Bom dia!
    E que a superação vem da dança silenciosa que fazemos com as dificuldades, transformando tristezas em triunfos e traços de passado em passos de futuro. Todos os dias eu danço uma musica diferente , junto com sua melodia transformo minha vida ,sempre tentando buscar o melhor para mim enquanto estou de passagens aqui na terra.