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Lutando e Ouvindo Sonhos

Silhouette of Man Holding Guitar on Plant Fields at Daytime

Era uma noite serena numa casa modesta, onde uma família se reunia após o jantar. Maria, a mãe, estava sentada à mesa com seus dois filhos, Lucas e Ana. A luminosidade suave criava sombras que dançavam nas paredes ao sabor das chamas de velas, remetendo aos tempos antigos.

“Lucas, conte-nos sobre sua escola,” disse Maria com um tom sereno, enquanto dobrava os guardanapos.

“Estive pensando, mãe,” começou Lucas, hesitante. “Eu admiro José, o sonhador. Ele não tinha medo de seguir seus sonhos, mesmo quando todos duvidavam dele.”

Maria sorriu, encorajando o filho a continuar. “E o que você sonha em fazer, meu filho?”

“Eu quero ser músico, mas… é difícil,” falou Lucas, baixando o olhar para suas mãos entrelaçadas.

“Ah,” interpôs Ana, empolgada, “mas lembre-se de Noé! Ele ouviu quando ninguém mais fez e construiu a arca.”

Maria assentiu, satisfeita com a menção. “É verdade. Sonhos precisam de paciência. Você precisa escutar sua voz interior e a de Deus, assim como Noé.”

“Eu tento,” suspirou Lucas, “mas às vezes parece que as ondas são altas demais.”

O pai, João, que até aquele momento ouvia em silêncio, falou: “As ondas podem ser altas, filho, mas cada uma te leva mais perto de onde você precisa estar. Confie no processo.”

“E você, Ana?” perguntou Maria, virando-se para a filha. “Como estão seus sonhos?”

Ana, com um brilho nos olhos, compartilhou: “Quero ajudar as pessoas, ser médica. Mas, fico receosa… Será que tenho capacidade?”

João respondeu: “Débora foi uma líder e juíza, lembras? Ela ouviu o chamado e foi corajosa. A capacidade vem com o tempo e a dedicação.”

A conversa fluiu entre histórias da Bíblia e sonhos, cada um se inspirando nas virtudes dos personagens bíblicos para fortalecer sua própria fé e determinação.

No dia seguinte, a família acordou cedo. Maria preparava o café da manhã enquanto os filhos se arrumavam. Antes de saírem de casa, eles se sentaram juntos, um breve momento de união antes de enfrentar o mundo lá fora.

“Lucas, sua guitarra,” apontou João, referindo-se ao instrumento encostado no canto da sala. “Não se esqueça de praticar.”

Sim, meu pai,” disse Lucas, pegando a guitarra. “Vou lembrar de Noé quando for difícil.”

E Ana, segurando um livro de biologia, disse: “E eu serei como Débora, ouvirei e serei forte.”

Maria abraçou os filhos e disse: “Trabalhem duro, meus queridos, e saibam que mesmo Davi enfrentou gigantes antes de se tornar rei.”

Com beijos e abraços, a família se despediu, cada um partindo para lutar e viver seus próprios sonhos. Naquela casa simples, a fé e o amor estavam entrelaçados como as fibras de um cesto bem trançado, cada dia trazendo seus desafios e triunfos.

E assim a vida seguia, com a família lembrando um ao outro que para alcançar grandes coisas, um deve sonhar como José e ouvir como Noé, pois em cada sonho há uma arca a ser construída e um futuro a ser conquistado.

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