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A Paciência do Pequeno Tatu

Em uma pequena casa no coração da floresta, vivia uma família unida e trabalhadora. Certo dia, um filhote de tatu apareceu na vida deles, escondendo-se timidamente no jardim. As crianças, encantadas com o novo amigo, decidiram adotá-lo e chamá-lo de Tito, o Tatu.

A vida de Tito não era fácil. Por ser um animal de movimentos lentos, ele constantemente se frustrava ao tentar acompanhar o ritmo agitado das crianças. Todo dia, elas corriam pelo jardim, jogavam bola, subiam nas árvores e riam alto. Tito, o Tatu, por outro lado, cavava pacientemente no solo, em busca de alimento ou simplesmente para fazer um novo caminho.

O pai, um homem sábio e observador, via o desapontamento crescer lentamente no pequeno Tato, sempre que ele era o último a chegar em qualquer atividade. Decidiu, então, ensinar às crianças e ao Tato uma valiosa lição sobre paciência, utilizando a história de Noé. “Vejam”, disse ele, “Noé construiu sua arca com calma e paciência, dia após dia, sem se importar com os comentários e risadas dos outros. Ele sabia que cada prego e cada tábua eram importantes. Assim como Noé, Tito, o Tatu, nos mostra que a paciência é uma virtude valiosa.”

Os dias passaram e as árvores do jardim começaram a dar frutos. As crianças estavam ansiosas para colher as maçãs suculentas que pendiam dos galhos, mas o vento teimava em não soprar com força suficiente para derrubá-las. Impacientes, começaram a sacudir as árvores e até a jogar pedras, sem sucesso.

Foi então que Tito, o Tatu, chegou devagarinho com uma ideia. Ele propôs que usassem gravetos para fazer uma vara de colher frutas. “Com calma e trabalho em conjunto, podemos levar o que desejamos até nós”, disse ele sabiamente. Juntos, com paciência, eles criaram a ferramenta e colheram as maçãs, uma a uma.

A mãe, observando tudo, sorriu e acrescentou: “Assim como Rute teve paciência e trabalhou duro nos campos, colhendo grãos após grãos até que Boaz a notasse, nós também devemos ter a paciência para conquistar nossos objetivos”.

Ao final do dia, enquanto saboreavam uma torta de maçã feita com o fruto do seu trabalho conjunto, a família refletiu sobre o que aprenderam. Eles estavam gratos pelo Tito, o Tatu, e pela lição de paciência que ele havia compartilhado.

A lição de moral que o pequeno tatu ensinou à família ressoou em suas mentes: “A paciência é um caminho suave que leva à satisfação. Quando cultivada, nos permite colher os frutos mais doces da vida.”

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