Em uma tarde quente na famosa cidade de Lisboa, onde as ondas do Tejo dançavam suavemente, uma menina chamada Sofia encontrou-se nas margens do rio em um dia nublado. As nuvens escuras pareciam refletir os medos que ela carregava em seu coração. Seu pai, um pescador local, havia enfrentado dificuldades recentes, e a pequena Sofia sentia-se angustiada, sem saber como ajudar sua família.
Enquanto caminhava, algo chamou sua atenção. Uma foca brincava nas águas rasas, saltando e mergulhando com uma alegria contagiante. Sofia parou para observá-la, e, num momento de inspiração, decidiu se aproximar da beirada, esperando que a foca notasse sua presença.
“Oi, foca! Você parece tão feliz!” – gritou Sofia. Para sua surpresa, a foca emergiu da água e, com um olhar curioso, pareceu escutar. Sofia, sentindo-se conectada a aquele ser tão livre, continuou: “Eu estou tendo um dia difícil. Meu pai não está pescando bem e eu estou preocupada.”
A foca, como se entendesse sua tristeza, deu um salto impressionante, mergulhou novamente e voltou rapidamente à superfície, balançando sua cabeça com energia. Sofia sorriu, mas sua preocupação não desapareceu. O céu escureceu ainda mais e uma tempestade começou a se formar.
“Oh não!” – exclamou Sofia, com lágrimas nos olhos, “O que vamos fazer? Eu não tenho controle sobre isso!” Neste momento de desespero, uma estrondosa onda quebrava na margem e, para sua surpresa, a foca nadou até a onda, deslizando em seu topo com incrível bravura antes de mergulhar novamente nas profundezas.
Sofia inspirou fundo. A foca estava lhe mostrando que, mesmo quando o tempo fica tempestuoso, é preciso ter confiança e coragem para enfrentar o que vem pela frente. Com esse pensamento, a menina percebeu que não estava sozinha.
Ao voltar para casa, a tempestade havia se dissipado e o brilho do sol podia ser visto novamente. Estava decidida a confiar em Deus e em Sua providência. Assim como a foca, mesmo nos momentos mais difíceis, ela decidiu ser forte e esperar a bonança que sempre chega.