A Sabedoria de Escutar
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A Sabedoria de Escutar

Em um pitoresco parque da cidade, pessoas de todas as idades se reuniam para relaxar e se divertir. No meio dessa harmonia, havia uma árvore gigante onde as pessoas gostavam de se sentar e desfrutar da sombra. Sob sua copa, encontravam-se dois velhos amigos, Ana e Beto, que estavam imersos em uma conversa.

“Às vezes, acho que ninguém me entende,” disse Ana, balançando a cabeça.

Beto, acenando com a mão, respondeu, “Te entendo, mas você também tenta ouvir os outros?”

Ana hesitou, e antes que pudesse responder, um estrondo perturbou a tranquilidade. Foi o som da voz imponente de César, o vilão local, conhecido por monopolizar todas as conversas.

“Eu tenho a melhor história!” exclamou César, juntando-se a eles sem ser convidado. “Todos devem ouvir a minha aventura sensacional de ontem!”

Os amigos trocaram um olhar cansado. Apesar de sua natureza dominadora, eles tentaram ser pacientes.

Enquanto César falava, uma criança passou correndo, tropeçou e caiu. Ana se levantou imediatamente e foi ajudar.

“Está tudo bem?” perguntou Ana, com gentileza.

A criança assentiu, murmurando um “obrigado” quase inaudível, e Ana a ajudou a se levantar.

Ao voltar, notou que Beto estava ouvindo César com atenção, mas César mal percebeu a ausência dela ou a queda da criança. Ele estava focado em narrar seus feitos.

“E então, o que você acha?” perguntou César, finalmente terminando sua longa história.

Beto respondeu, “É impressionante, César. Mas viu a menina que caiu? Às vezes, coisas pequenas também são importantes.”

César olhou em volta, sem graça, notando pela primeira vez que alguma coisa tinha acontecido.

“Ah, sim… claro,” balbuciou ele, um pouco embaraçado.

Ana, retornando à conversa, disse, “Saber ouvir não é só esperar a vez de falar, é se importar de verdade com o que está acontecendo ao redor.”

Beto concordou, “Escutar é um ato de respeito e empatia.”

César começou a compreender o ponto de vista deles. Ele percebeu que não estava realmente ouvindo, apenas esperando para contar suas histórias.

“Vocês estão certos,” disse César, um pouco contrito. “Eu geralmente falo demais e ouço de menos. Me ensinem a ser melhor nisso?”

Com um sorriso, Ana ofereceu um conselho simples: “Comece por se calar e abrir os ouvidos. A história de outro pode ser tão interessante quanto a sua.”

O trio passou o resto da tarde praticando a arte de escutar – cada um contou uma história, enquanto os outros dois davam sua total atenção. Até mesmo César, que estava disposto a mudar, surpreendeu-se com o quanto ele podia aprender quando realmente ouvia os outros.

O parque, com seu constante burburinho e várias histórias se desenrolando, provou ser o ambiente perfeito para uma lição valiosa. Todos saíram dali mais ricos em compreensão e empatia, aprendendo que saber ouvir é uma habilidade sutil mas poderosa, que permite conexões mais profundas e significativas.

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