Numa daquelas casas onde as paredes absorvem mais tristeza do que alegria, morava a pequena Lia com seus pais. Lia, uma representação mirim de Jó, carregava no olhar a melancolia que insistentemente parecia rondar a família. No entanto, diferentemente do patriarca bíblico, não havia perdas monumentais a relatar, apenas o sufocante ciclo de penúria emocional e esperança escassa.