Na encosta de uma pequena aldeia montanhosa, onde as pedras guardavam histórias e o ar cheirava a pinho e lenha, vivia Ana, uma jovem mãe, com seus dois filhos, Miguel e Clara. Eles riam com a pureza de quem descobre o mundo, e, ao cair da tarde...
Miguel entrou na igreja para fugir da chuva, mas trazia por dentro um aguaceiro mais pesado. Fazia semanas que rezava e não sentia nada; as palavras lhe pareciam pedras frias rolando no chão. A fé que aprendera com a mãe, entre terços e procissões...