Era uma manhã ensolarada de sábado quando a família Silva se reunia na cozinha, onde o aroma do café fresco se misturava à alegre tagarelice. Biscoito, o cachorro da família, um vira-lata cheio de energia, corria de um lado para o outro, claramente pronto para começar o dia com sua família amada.
— Mãe, quando vamos levar o Biscoito para passear? — perguntava Ana, a caçula, ansiosa, segurando a coleira enquanto o cachorro a olhava com olhos suplicantes.
— Assim que terminarmos o café, querida — respondia a mãe com um sorriso, desfiando carinho entre as orelhas do cachorro.
O pai, Sérgio, folheava o jornal com uma mão, enquanto arremessava, com a outra, um pedacinho de pão para Biscoito, que prontamente o apanhava no ar.
— Esse cachorro está mal-acostumado, hein? — ria ele, observando a pequena Ana acenar com a cabeça em negação.
— Não é verdade, papai. Biscoito sabe quando é hora de brincar e quando é hora de se comportar — defendia Ana, enquanto o cachorro, como que entendendo o diálogo, sentava-se com uma postura exemplar.
Logo, todos terminaram o desjejum e prepararam-se para o passeio matinal. Biscoito, já ciente da rotina, dirigiu-se entusiasmado para a porta. A família adotou o hábito de passear com o cachorro pelos arredores do bairro, considerando esse momento um dos mais prazerosos do dia.
— Não se esqueçam de pegar as sacolinhas para limpar depois que o Biscoito… — lembrava a mãe, sendo interrompida por risos.
— Sabemos, mãe! Já somos especialistas nisso — afirmava o irmão mais velho, Lucas, balançando as sacolinhas no ar antes de guardá-las no bolso.
Na calçada, o cachorro farejava cada árvore e cumprimentava alegremente outros cachorros e vizinhos. A família Silva apreciava a simplicidade daquela convivência e o carinho incontido que Biscoito demonstrava a cada encontro.
— Acho que o Biscoito é o cachorro mais sociável do bairro! — comentava Ana, orgulhosa.
— Verdade! Ele faz amigos por onde passa — concordava o pai, dando uma rápida olhada no relógio de pulso. — Bem, está na hora de voltarmos. Tenho que cortar a grama e Biscoito pode nos ajudar correndo atrás das folhas.
Ao chegarem em casa, Biscoito, invariavelmente, lançava-se sobre o gramado já se posicionando para a nova diversão, enquanto a família iniciava as tarefas do fim de semana, contentes com a presença animada e amorosa de seu extraordinário cachorro.
Assim transcorria mais um dia ordinário na vida da família Silva. Entre afazeres e cuidados, eles encontravam alegria e companheirismo no seu cachorro, que com suas travessuras e fidelidade inabalável, provava ser mais do que um simples animal de estimação, mas sim um membro valioso e afetuoso de uma família que o amava incondicionalmente.