Em uma remota aldeia nos cumes das montanhas, duas amigas, Ana e Beatriz, costumavam se encontrar todas as manhãs. Uma tradição que começou na infância cresceu em um forte laço de amizade. Certo dia, enquanto caminhavam pela floresta, notaram um falcão imponente a planar no céu azul.
“Você já viu algo tão lindo?” exclamou Ana, estremecendo de admiração.
“Nunca! Olhe como ele domina o vento!” respondeu Beatriz, seus olhos brilhando de entusiasmo.
As duas observaram o falcão, que parecia dançar nas correntes de ar, movendo-se com graça. Ana, com uma expressão sonhadora, disse: “É como se ele estivesse livre de todas as preocupações. Não seria maravilhoso sermos como ele?”
Beatriz, mais prática, replicou: “Sim, mas ele também é forte. Voar alto exige preparação e coragem. Devemos encontrar nossa própria força.”
A conversa continuou, refletindo as lutas e os anseios que sentiam em sua comunidade, marcada por dificuldades.
“Às vezes me sinto presa, como se não pudesse crescer além do que sou agora”, confessou Ana.
“Eu entendo. Mas assim como o falcão enfrenta as tempestades, nós também devemos enfrentar os nossos desafios. Podemos ser a mudança que queremos ver por aqui!” Beatriz encorajou.
Foi então que o falcão mergulhou em direção à terra, e as duas assistiram com expectativa. Com um impulso elegante, ele capturou uma presa, levantando-se triunfante em seu voo novamente.
“Veja! Ele não tem medo de se arriscar!” Ana sorriu.
“Exatamente!” respondeu Beatriz. “Precisamos nos unir, apoiar uns aos outros, e acreditar que somos capazes de voar juntos, mesmo nas dificuldades. Já pensou em como podemos ajudar nossa comunidade a se levantar?”
O olhar de Ana iluminou-se. “Podemos começar com um projeto de hortas comunitárias! Uma forma de garantir alimentos e também ensinar a todos a esperança!”
Beatriz sorriu e as duas, com o falcão como testemunha, começaram a traçar planos para trazer um pouco da liberdade e força que viram naquele majestoso pássaro para cada pessoa de sua aldeia.
