O Reflexo da Tolerância no Lago
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O Reflexo da Tolerância no Lago

Numa pequena vila cercada por densas florestas, havia um lago cristalino que era o coração da comunidade. O lago não era apenas um lugar de encontro para os moradores, mas também uma valiosa fonte de vida, oferecendo água fresca e sendo lar para vários peixes que sustentavam as famílias locais.

Certo dia, uma criança chamada Leo, com seus curtos sete anos, caminhava à beira do lago, distraída pelas pequenas ondas que se formavam quando lançava pedrinhas na água. “Mamãe, por que a água é tão calma aqui, mas tão agitada quando jogo pedras?” Leo perguntou com a inocência de sua idade.

“A água é como as pessoas, meu querido”, respondeu sua mãe, Lúcia, sentando-se ao seu lado. “Ela pode ser tranquila e acolhedora, mas se perturbada, mostra seu outro lado. É por isso que precisamos ser sempre gentis e respeitosos, não só com a água, mas com todos ao nosso redor.”

Naquele momento, um grupo de novos moradores da vila aproximou-se do lago, com aspectos visivelmente diferentes dos habitantes locais. Eles pareciam ansiosos, talvez um pouco perdidos, enquanto observavam o lago e a vila à sua volta. Vendo isso, Leo, com a curiosidade típica de sua idade, correu até eles e, sem hesitar, perguntou: “Vocês vieram pescar no lago também?”

Uma das novas moradoras, Ana, sorriu para Leo e respondeu: “Estamos aqui para começar uma nova vida, querido. Nós ouvimos que este lago é muito especial.”

A resposta de Ana atraiu mais moradores locais, inclusive Lúcia, que se aproximaram com sorrisos acolhedores. “O lago é especial por causa das pessoas que vivem ao seu redor”, Lúcia compartilhou. “Acreditamos em viver em harmonia, respeitando a natureza e uns aos outros, independentemente de nossas diferenças.”

Os dias passaram e os novos moradores começaram a se integrar à comunidade. Eles ensinaram aos locais algumas de suas tradições, enquanto aprendiam as práticas da vila. Leo, sempre curioso, achava fascinante como as brincadeiras no lago se tornaram ainda mais divertidas com novos amigos.

Entretanto, nem tudo foi tranquilo. Uma discordância surgiu entre um morador local, João, e um dos recém-chegados, sobre como pescar no lago de forma sustentável. A discussão, iniciada por pequenas diferenças de opinião, cresceu e ameaçou a harmonia da vila.

Leo, observando a disputa, correu até o lugar onde a discussão acontecia. Com a sabedoria que só as crianças parecem ter, ele perguntou: “Se jogarmos pedras no lago com raiva, como vamos ver nosso reflexo nele?”

A simplicidade da pergunta de Leo tocou os corações de todos que estavam presentes. A tensão se dissipou quando João e o recém-chegado se olharam, percebendo o quanto suas ações estavam perturbando a paz do lago e da vila.

A partir desse dia, a comunidade decidiu criar um conselho, formado tanto por moradores locais quanto por novos, para discutir e resolver qualquer desafio que surgisse, sempre buscando o respeito mútuo e a tolerância.

O lago, mais uma vez, transformou-se em um espelho calmo, refletindo a coesão e a unidade da vila. Leo, brincando à margem, sorria, sabendo que seu lago especial continuaria a ser um símbolo de harmonia e um lembrete da importância da tolerância e do respeito em uma comunidade.

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