Em uma floresta exuberante, cheia de árvores altas e flores coloridas, vivia um pequeno rato chamado Rafael. Rafael era conhecido por todos os animais, mas não da melhor maneira. Ele era muito ansioso. Sempre que um vento soprava ou uma folha caía, ele se escondia em sua toca, temendo que algo de ruim pudesse acontecer. “O que é que será que está vindo?” pensava ele, apavorado com a possibilidade de perigo.
Certa manhã, enquanto a luz do sol filtrava pelas copas das árvores, Rafael decidiu sair para buscar comida. No entanto, sua ansiedade já estava em alta. “E se eu encontrar um gato? Ou uma serpente?” ele murmurou, enquanto olhava ao redor, sentindo-se cada vez mais inseguro. Foi então que conheceu uma sábia coruja chamada Clara. Ela estava empoleirada em um galho, observando-o com seus grandes olhos.
“Por que você está tão nervoso, pequeno rato?” perguntou Clara, pousando ao lado dele. Rafael suspirou e respondeu: “Clara, eu sinto medo de tudo. Como posso viver assim?” A coruja, com um ar de compreensão, disse: “Às vezes, o medo pode nos dominar. Mas não devemos deixar a ansiedade nos impedir de apreciar a vida. Você já tentou olhar para o lado bom das coisas?”
Intrigado, Rafael perguntou: “Como posso fazer isso?” Clara, com paciência, sugeriu: “Vamos dar uma volta pela floresta. Olhe para as flores, sinta o cheiro da terra molhada após a chuva e ouça o canto dos pássaros. Esses são os pequenos presentes de Deus.” Motivado por suas palavras, Rafael seguiu Clara, deixando a ansiedade um pouco de lado.
À medida que caminhavam, Rafael começou a perceber a beleza ao seu redor. Ele viu um campo de girassóis dançando com o vento e ouviu uma família de coelhos brincando perto de um lago. “Eu nunca reparei em quão linda é a floresta!” exclamou Rafael, sentindo-se mais leve. Clara sorriu e disse: “É isso que acontece quando permitimos que a paz de Deus entre em nossos corações. A beleza está sempre ao nosso redor, mesmo que às vezes não consigamos vê-la.”
Finalmente, após um dia de exploração e novas descobertas, Rafael olhou para Clara e disse: “Obrigada, Clara. Hoje foi especial para mim. Aprendi que, mesmo com o medo, posso encontrar alegria na natureza e confiar em Deus um pouco mais a cada dia.” A coruja, com um brilho nos olhos, respondeu: “Lembre-se, querido amigo, a ansiedade pode vir, mas a força da fé pode sempre nos guiar. Vamos juntos enfrentar o que vier, com coragem e esperança!” E assim, Rafael voltou para casa, um pouco mais fortalecido e pronto para viver cada dia com mais fé.
