Lá, no longínquo Oriente, vivia um grande mestre, já idoso. Apesar de sua idade, corria a lenda de que ainda era capaz de derrotar qualquer adversário.
Certa tarde, um guerreiro apareceu e começou a insultar o velho mestre. Chutou algumas pedras em sua direção, cuspiu em seu rosto, gritou todos os insultos conhecidos, ofendendo inclusive seus ancestrais, mas o velho permaneceu impassível.
No final da tarde, sentindo-se já exausto, o impetuoso guerreiro retirou-se.
Desapontados pelo fato de o mestre aceitar tantos insultos e provocações, os alunos perguntaram:
– “Como o senhor pôde suportar tanta indignidade? Por que não usou sua espada, ao invés de mostrar-se covarde diante de todos nós?”.
O mestre respondeu: – “Se alguém chega até você com um presente, e você não o aceita, a quem pertence o presente?”.
– “A quem tentou entregá-lo.” – respondeu um dos discípulos.
– O mesmo vale para a inveja, a raiva, e os insultos… – disse o mestre.
– “Quando não são aceitos, continuam pertencendo a quem os carregava consigo. A sua paz interior depende exclusivamente de você. As pessoas não podem lhe tirar a calma. Só se você permitir…”
muito bom esse texto