A Última Porta do Tempo
A Última Porta do Tempo
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A Última Porta do Tempo

Em uma vila isolada, cercada por montanhas altivas e florestas densas, havia um homem sábio chamado Elías. Ele era conhecido por todos como o guardião da Porta do Tempo, uma antiga entrada esculpida em pedra que, segundo as lendas, levava a um lugar onde os desejos mais profundos se tornavam realidade, mas apenas para aqueles que conseguiam esperar.

Certa manhã, um jovem chamado Tomás, angustiado por não saber o que fazer da vida, decidiu buscar a Porta. Ao chegar, encontrou Elías sentado em um tronco, observando a estrada vazia. Tomás, impetuoso e ansioso, explicou suas frustrações e a urgência que sentia para mudar seu destino. O velho olhou nos olhos do jovem e, com um sorriso sereno, disse: “A porta só se abre para aqueles que entendem o valor da espera.”

Tomás, determinado em sua busca pela realização, ignorou o aviso e, sem pensar duas vezes, começou a bater na porta, suplicando por respostas. As horas se passaram, mas a porta continuava fechada, como se batesse no próprio coração do tempo. Frustrado, Tomás decidiu voltar, mas na volta, percebeu que não havia mais ninguém na vila. Um silêncio profundo o envolveu. A solidão e a desesperança o atacaram com força.

Naquela noite, sob as estrelas, Tomás sentou-se à porta e deixou as lágrimas caírem. Ele refletiu sobre sua vida, suas escolhas, a pressão do tempo e a corrente de suas ansiedades. Com o coração pesado, começou a compreender o significado do que Elías havia dito. Cada momento precioso passado esperando era uma oportunidade de crescimento e aprendizado.

Quando o sol raiou, Tomás, agora transformado pela paciência, decidiu levantar-se e tentar novamente. Para sua surpresa, ao tocar a porta, ela se abriu lentamente, revelando um caminho iluminado. Elías apareceu e disse: “O que você buscava sempre esteve à sua frente, mas a jornada pedido a aprender a esperar.”

Tomás sorriu, percebendo que a verdadeira realização não estava apenas na porta, mas na paciência que cultivou ao aguardá-la. Ao partir, uma nova esperança ardia em seu coração — a promessa de que cada porta chegada com calma se transforma em um aprendizado sagrado.

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