A Sinfonia dos Instrumentos
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A Sinfonia dos Instrumentos

Era uma vez uma magnífica caixa de música. No seu interior, uma miniatura de uma orquestra se escondia, com instrumentos tão perfeitos e mágicos como nunca antes se viu. Havia violinos, flautas, trompetes e até um pequeno piano, todos prontos para tocar a mais bela das melodias.

Um dia, porém, os instrumentos começaram a se perguntar por que sempre deviam seguir as ordens da batuta regente, que os conduzia em cada apresentação.

“Por que não podemos tocar o que quisermos?” questionou Violino, com sua voz afinada e doce.

“Isso mesmo!” disse Flauta, com sua voz sibilante. “Eu adoraria experimentar algo novo, algo mais… animado!”

Trompete, com sua voz sonora e imponente, declarou: “Eu poderia liderar! Minhas notas são altas e poderosas!”

Piano, calmo e ponderado, emitiu sua opinião com tom grave: “Mas e a harmonia? E a beleza da música que conhecemos?”

Os instrumentos discutiam entre si, cada um querendo tocar à sua própria maneira, quando de repente, um som estrondoso ecoou pela caixa de música. Era Tambor, que havia se mantido em silêncio até aquele momento.

“Escutem!” ele retumbou. “Nós fomos criados para tocar juntos, sob a direção do regente. Se cada um de nós seguir sua própria vontade, a música que é nossa essência se perderá.”

Violino hesitou, depois sussurrou: “Mas será que não podemos ser livres e criativos?”

Tambor, ressonante e firme, respondeu: “Liberdade e criatividade são importantes, mas sem ordem e obediência, perdemos a beleza que alcançamos quando tocamos unidos.”

Os instrumentos, após refletirem sobre as palavras de Tambor, concordaram em tentar tocar cada um por si. O resultado foi um caos de notas desafinadas e ritmos desencontrados. Foi apenas quando eles notaram a tristeza em suas próprias músicas que compreenderam a sabedoria por trás da obediência ao regente.

Assim, com humildade, os instrumentos voltaram a seguir o maestro, tocando a mais linda orquestra que a caixa de música já ouvira. Nascia uma música que só podia ser fruto da união e respeito à orientação do regente – uma sinfonia que trazia alegria a todos que a escutavam.

E dessa forma, os instrumentos aprenderam que serem obedientes não significava perder a identidade, mas sim contribuir para o esplendor de algo muito maior que eles próprios: a harmonia perfeita de uma orquestra encantada.

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