A Rua da Fé Inabalável
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A Rua da Fé Inabalável

Num vilarejo antigo, entre colinas verdejantes, havia uma rua que nunca dormia. Essa rua era o coração do lugar, onde as famílias se reuniam para celebrar, onde as crianças brincavam, e onde os animais viviam em harmonia. Dois desses habitantes eram João, o esquilo, e Pedro, o coelho.

João sempre foi um esquilo cheio de energia, sempre correndo de um lado para o outro na rua, subindo em árvores, e procurando nozes. Ele nunca parava para pensar, apenas seguia sua vida agitadamente. Pedro, por outro lado, era um coelho contemplativo. Gostava de sentar-se à margem da rua, observando o movimento, refletindo sobre a vida e sua relação com Deus.

Um dia, começou a chover torrencialmente. A rua se transformou em uma corrente rápida de água e lama, fazendo com que todos corressem para se abrigar. João, em sua pressa usual, começou a se desesperar, pulando de um lado a outro, buscando um lugar seguro. Pedro, vendo o desespero de seu amigo, chamou-o para se abrigarem juntos debaixo de uma grande árvore ao longo da rua.

A chuva não parava e a correnteza só aumentava. João estava nervoso, suas energias desgastadas pela preocupação. Pedro, com sua calma habitual, sugeriu que fizessem uma oração. “Deus nos guiará e nos protegerá,” disse Pedro. João, ainda cansado demais para argumentar, aceitou a sugestão.

Eles se juntaram embaixo da árvore, na rua onde tudo acontecia, e começaram a rezar. A tempestade parecia amainar cada vez que suas vozes se elevavam, formando uma melodia de fé. O tempo passou, mas a chuva finalmente cessou. João, maravilhado, olhou ao redor e viu que a rua estava apenas molhada, com os detritos da tempestade espalhados, mas ainda intacta.

Enquanto exploravam o estado da rua, encontraram outros animais que também haviam buscado abrigo durante a tempestade. Todos estavam seguros, e logo a sensação de normalidade começou a voltar ao pequeno vilarejo. João se sentia diferente. Aquela rua onde ele correu tantas vezes, onde ele tantas vezes ignorara os sinais de fé, agora parecia ter um novo significado.

Pedro foi até João e disse: “Meu amigo, a chuva veio, e a rua mudou. Mas sua base permanece sólida. Assim é nossa fé. Ela pode ser testada por tempestades e correntes, mas se nos mantivermos firmes, ela nos guiará de volta para onde pertencemos.”

João sorriu, compreendendo pela primeira vez a força que emanava daquela rua. Com seu amigo Pedro ao seu lado, ele aprendeu que mesmo nas piores tempestades, sempre há um lugar seguro para aqueles que têm fé.

Desde aquele dia, a rua não parecia mais apenas um caminho para se percorrer, mas um símbolo de resistência e esperança. Os animais do vilarejo sabiam que, independentemente das tempestades que viessem, sempre poderiam encontrar refúgio e força na fé que os unia.

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