Havia uma vez, em um tempo muito antigo, um pequeno vilarejo situado entre as colinas verdes e os vastos campos de trigo que dançavam com o sopro do vento. Nesse local pacato, vivia uma criança generosa de coração puro chamada Lina.
Lina amava todos os animais da floresta, mas tinha uma afeição especial pela raposa. Esta não era uma raposa qualquer; era uma raposa de pelo avermelhado e olhos tão brilhantes quanto as estrelas no céu noturno. O animal frequentemente espiava curioso, de longe, enquanto Lina brincava nos campos.
Um ano, uma grande seca caiu sobre a terra e com ela veio a fome. Os campos dourados foram substituídos por grama seca, e a água era escassa. Os animais sofriam, assim como as pessoas do vilarejo.
As histórias em torno da lareira passaram a ser sobre a esperteza da raposa. Os mais velhos contavam histórias de como a raposa, com sua astúcia, conseguia encontrar comida e água mesmo nos tempos mais difíceis.
Em um dia particularmente difícil, quando o sol queimava impiedoso o horizonte, Lina viu a raposa caminhando com dificuldade. A criança seguiu a raposa, que parecia ciente de sua companhia. Guiada pela fé em seu pequeno coração, Lina confiou que a raposa a levaria a algum lugar com água.
Para surpresa dela, após um longo passeio, chegaram a uma parte da floresta que ela nunca havia explorado. Ali, escondido entre as sombras das árvores antigas, havia um pequeno oásis, com água limpa e fresca e frutas silvestres.
A raposa bebeu e se banqueteou. Lina, encantada com a descoberta, correu de volta ao vilarejo e contou a todos sobre o achado. Com a orientação da menina, as pessoas puderam encontrar água e comida, e logo a vida começou a florescer novamente no vilarejo.
A fé de Lina na pequena raposa ensinou a todos uma valiosa lição. Até hoje, os moradores do lugar ainda contam histórias sobre a criança que confiou em uma raposa para salvar suas vidas.