Era uma vez, em tempos antigos, uma família que vivia em uma humilde cabana à beira de um bosque denso. Entre os membros da família, havia uma jovem chamada Miriam, que adorava explorar a natureza e descobrir os segredos escondidos nas profundezas da floresta. Um dia, enquanto caminhava e admirava as flores e os pássaros, ela avistou uma lebre elegante, saltando e dançando entre as árvores. A lebre, com sua pelagem macia e olhos brilhantes, logo conquistou o coração de Miriam.
À medida que os dias passavam, Miriam voltou a encontrar a lebre repetidamente. A lebre parecia representar a liberdade e a agilidade, tanto no corpo quanto na mente. Inspirada pela beleza daquela criatura, Miriam começou a sonhar em ser tão livre quanto a lebre. Porém, sua mãe, Raquel, sempre a alertava sobre a importância de cultivar a paciência e a sabedoria, características que muitas vezes eram mais valiosas do que a velocidade. Raquel contava a Miriam histórias de Noé, que, mesmo diante do grande desafio da arca, soube esperar o momento certo para agir.
Um dia, a lebre se atreveu a correr mais longe do que nunca. Sem pensar duas vezes, Miriam decidiu segui-la, desejando capturar um pouco daquela liberdade e alegria. Porém, conforme avançava na floresta, a jovem percebeu que estava se afastando de casa. O caminho era desconhecido e cercado de sombras temerosas. Nesse momento de desespero, a lebre desapareceu, deixando Miriam sozinha e perdida, longe da proteção e do carinho da sua família.
Em seus momentos de ansiedade, Miriam lembrou-se das palavras de sua mãe sobre o valor da reflexão e da prudência. Como uma lebre impulsiva, ela havia se deixado levar pelo momento, esquecendo-se da importância de saber aonde estava indo. Sentada em uma pedra fria, começou a rezar, pedindo a Deus por ajuda e sabedoria. Ao final de sua oração, as palavras de Provérbios 3:5-6 ecoaram em sua mente: ‘Confia no Senhor de todo o teu coração e não te estribes no teu próprio entendimento.’
Com renovada esperança e fé, Miriam decidiu dar meia-volta e procurar pelo caminho que a conduziria de volta para casa. Enquanto caminhava, se lembrava do amor de sua família e do ensinamento que sempre lhe reafirmavam: a verdadeira liberdade vem de um coração que sabe quando acelerar e quando pausar, cultivando a paciência e a sabedoria.
Finalmente, após uma longa jornada, Miriam encontrou o caminho familiar que a conduziu de volta à cabana. Ao se reencontrar com sua mãe, Miriam percebeu que a verdadeira liberdade não estava apenas em correr como a lebre, mas sim em compreender a importância do lar, da família e da orientação divina. Desde então, nunca mais se esqueceu da lebre, que se tornara uma metáfora viva sobre equilíbrio entre liberdade e responsabilidade, inspirando-a a viver com fé e sabedoria, como Noé em sua jornada.