Era uma vez, em uma floresta encantada, uma pequena casinha feita de galhos e folhas, onde um coelho chamado Bento e uma coruja chamada Olívia viviam. Bento era conhecido por sua alegria contagiante, sempre pulando de alegria, enquanto Olívia, em contraste, era mais introspectiva, observando o mundo com olhos profundos de sabedoria. Um dia, em meio a uma brisa suave, Bento percebeu que Olívia estava mais triste do que o habitual, seus olhos brilhantes ofuscados por uma sombra de desânimo. Intrigado, o coelho decidiu investigar o que poderia estar causando tal tristeza em sua amiga.
Enquanto os dias se passavam, Bento convidou Olívia para explorar a floresta, mas ela frequentemente se recusava, preferindo ficar na casinha. O coelho, preocupado, decidiu utilizar sua energia e entusiasmo para ajudar sua amiga a encontrar a alegria novamente. Ele buscou flores coloridas, frutas frescas e contou histórias engraçadas, mas pareceram inúteis, pois o brilho nos olhos de Olívia se mantinha apagado. A depressão da coruja se intensificava, e a casinha antes vibrante começava a parecer um lugar escuro e solitário.
Certa manhã, enquanto Bento estava em uma de suas aventuras, ele descobriu uma pedra brilhante no fundo de um riacho. Curioso, decidiu levar a pedra de volta para a casinha. Ao chegar, com um brilho nos olhos, ele apresentou a Olívia a pedra, contando como ela poderia iluminar o ambiente. No entanto, Olívia olhou para a pedra e disse: “Bento, essa pedra é bonita, mas não pode iluminar o que está dentro de mim. O que fazer com a dor que sinto?” Suas palavras ecoaram na casinha, e Bento sentiu seu coração apertar.
Com o coração compungido, Bento começou a relembrar de como a casinha era um lugar de amor e amparo. Decidiu, então, que precisavam transformar aquele espaço. Juntos, começaram a encher a casinha com histórias de fé, esperança e momentos felizes do passado. Contaram a história de como a luz do Criador estava sempre presente, mesmo em tempos de escuridão. Olívia começou a refletir sobre suas próprias experiências, percebendo que, embora a tristeza a envolvesse, a luz da fé poderia acender uma nova esperança.
Ao final de muitos dias de trabalho e reflexão, algo surpreendente aconteceu. Olívia começou a escrever seus pensamentos em pequenos pedaços de papel e colá-los nas paredes da casinha. Cada novo sentimento, cada nova lembrança se transformava em uma luz que dançava ao redor deles. A triste coruja começou a ver a beleza na dor e a esperança na escuridão, e a casinha começou a brilhar novamente.
A história de Bento e Olívia na floresta encantada nos ensina que o verdadeiro acolhimento da dor pode nos levar a uma jornada surpreendente de cura. Às vezes, nossa casinha interior pode parecer um lugar escuro, mas, com a luz da amizade e a força da fé, podemos transformá-la em um espaço de amor e esperança. As reviravoltas da vida, mesmo as mais inesperadas, podem nos mostrar que não estamos sozinhos nas sombras, e que a verdadeira iluminação vem de dentro de nós, sempre guiada pela mão amorosa de Deus.