Normalmente, quando mais de um membro da família entra para a SSVP, é por influência dos mais velhos. Mas, neste Dia dos Pais, vamos contar uma história diferente, cheia de afeto e significado: a de um vicentino mineiro que entrou para a SSVP de uma forma inesperada — movido pelo mais puro amor ao filho. É a história de Emir Matildes Brevel, 69 anos, de Divinópolis, Minas Gerais.
Seu Emir, casado com Martinha, é pai de três filhos: Diego, Pedro Henrique e Daniel. Até meados dos anos 90, a família não tinha ligação com os vicentinos — conheciam-nos apenas de vista e de ouvir falar. Tudo mudou quando dois vizinhos, seu Vicente e seu José Xavier, convidaram o pequeno Daniel, então com sete anos, para acompanhá-lo nas visitas às casas e nas reuniões da Conferência São Miguel Arcanjo. “Eu gostei muito, mas ele já era um senhor de idade, e a Conferência era de gente muito mais velha, idosos e adultos. Na época nem Primeira Comunhão eu tinha feito”, recorda Daniel, hoje com 38 anos.
Com o tempo, a diferença de idade começou a pesar para o menino, que um dia, após a 4ª reunião, chegou em casa cabisbaixo e disse ao pai que iria desistir da SSVP porque o grupo era muito idoso. “Isso doeu fundo no meu coração. Eu fiquei pensando e entendi que não podia deixar meu filho desistir de algo tão bom. Foi então que falei para ele: ‘papai vai com você’”, lembra seu Emir, carinhosamente chamado de Mirinho.
E não é que o Mirinho começou a ir às reuniões, mesmo sem entender muito sobre os “tais vicentinos”, e acabou se apaixonando? “Fui proclamado em janeiro de 1998, e o Daniel ia como membro aspirante. Com o tempo, meu filho mais novo, Pedro Henrique, também começou a frequentar a Conferência”, conta orgulhoso.
Esse amor pelos vicentinos só cresceu. Mirinho não só permaneceu como começou a servir ainda mais, assumindo encargos, como presidente do Conselho Particular São José e Presidente do Conselho Central Divinópolis Sul. “Quando estava na presidência do Conselho Particular, percebi que muitos vicentinos estavam afastados. Então resolvemos fazer uma campanha para trazê-los de volta. Contei isso para a Martinha e ela me perguntou se era só para afastados ou se ela também podia entrar! Imagine minha felicidade: dois filhos e minha esposa juntos na SSVP”, lembra com emoção.
Mais tarde, quando presidia o Conselho Metropolitano, Mirinho decidiu trocar de Conferência, indo para a São Cosme e São Damião para fortalecê-la. E é lá que permanece até hoje, firme e agradecido por aquele dia em que disse “sim” para acompanhar o filho.
“Meus filhos aprenderam com os vicentinos o valor da caridade, do amor, de serem solícitos e íntegros. Cresceram no meio de pessoas boas e isso ajudou a formar quem eles são. Eu me sinto um homem realizado. Tenho seis netos e quero levar todos eles para a Conferência”, diz um entusiasmado Mirinho.
E é inspirado pelo exemplo do pai que Daniel cria o filho Benício. “Meu pai foi e é um exemplo para mim. O filho é o espelho do pai e eu me espelho nele. A gente é muito parecido. Hoje eu levo o Benício, também com sete anos, para a Conferência comigo. O que meu pai fez por nós, tento fazer por ele. A SSVP é um caminho muito bonito. Enquanto o mundo mostra tantas coisas erradas, os vicentinos seguem no sentido oposto, no caminho do bem”, afirma, orgulhoso, ao lado do filho na Conferência Santa Luzia.
Assim, a história de seu Emir se repete, viva no filho e no neto. E ele conclui, com a serenidade de quem sabe que fez a escolha certa: “Naquele tempo, entrei na SSVP por amor ao meu filho, para ele não se desviar do caminho. Hoje, permaneço por amor à SSVP e aos nossos assistidos. Não troco a Sociedade por nada!”





