Em uma terra gelada e coberta de neve, existia um enorme vulcão adormecido. Todos na aldeia temiam seu despertar, pois acreditavam que a fúria do gigante poderia derreter a neve e trazer caos. No entanto, havia duas criaturas que viviam nas encostas do vulcão: um corvo chamado Asher e um urso chamado Nanu.
Asher era um corvo curioso, sempre voando alto nos céus, enquanto Nanu, o urso, era de natureza calma e refletiva. Um dia, enquanto Asher se aventurava em busca de comida, viu que Nanu estava preocupado. O urso observava as nuvens pesadas que se acumulavam sobre o vulcão e sentia que algo estava prestes a acontecer.
“Por que você está tão inquieto, Nanu?”, perguntou Asher, pousando ao lado dele.
“Sinto que o vulcão pode despertar. Não só por causa do que pode acontecer com a aldeia, mas também porque não devemos esquecer sua beleza e o que ele nos proporciona. A terra ao seu redor é rica e nos dá vida”, respondeu Nanu.
Asher refletiu sobre as palavras de Nanu. Apesar do medo que sentiam, ele percebeu que nunca tinham dado valor ao que o vulcão representava. O vulcão, com sua força e potencial, era parte da beleza da vida que levavam. Então, decidiram subir até a cratera, onde puderam ver a vastidão da terra ao seu redor. A visão era espetacular, com montanhas cobertas por flores silvestres e um céu azul intenso.
Ao chegar ao topo, Nanu fechou os olhos e disse: “Devemos ser gratos, Asher, por tudo o que esta terra nos deu, mesmo que tenhamos medo do que ela pode trazer. Muitas vezes, a gratidão se esconde atrás do temor, mas devemos sempre lembrar de valorizar o que temos.”
Nesse momento, o vulcão emitiu um pequeno rugido, mas não era um sinal de desastre. Era como se anunciava um novo ciclo, uma nova vida.
Ao descer, ambos estavam cheios de gratidão. Aprenderam que a fé e a gratidão podem acalmar os maiores medos e que, às vezes, a força da natureza não deve ser vista apenas como um perigo, mas como uma oportunidade de crescimento e reflexão.
Moral: A gratidão transforma o medo em apreciação e nos ensina a valorizar a beleza mesmo nas tempestades da vida.
