Era uma vez, em uma floresta repleta de vida, um jovem coelho chamado Bento. Ele era conhecido por sua curiosidade e seu amor pela notícia. Todos os dias, ele corria de um lado para o outro, perguntando a cada animal o que pensava sobre as novidades do dia.
Um dia, Bento decidiu que queria escrever um artigo especial para o grande evento da floresta: a Festa da Colheita. Ele queria ouvir as opiniões de todos os habitantes sobre o que faziam para aproveitar melhor a abundância da natureza. Com seu bloquinho em patas, começou a entrevistar diversos animais.
Primeiramente, encontrou a coruja sábia, que lhe disse: “Bento, as colheitas são melhores quando todos ajudam. Devemos partilhar o que temos, não só para nós, mas para a comunidade. A união faz a força.” Em seguida, a raposa astuta deu sua opinião: “A chave da festa é a competição! Quem conseguir reunir a maior quantidade de nozes deve ser o celebrado. Cada um brilha à sua maneira.”
Mais tarde, o lobo, que sempre gostou de liderar, comentou: “Não devemos nos distrair! A festa é uma oportunidade de mostrar nosso poder e assertividade. Devemos lutar por nosso lugar de destaque!”
Por fim, Bento encontrou a tartaruga, que com um sorriso sereno disse: “Querido amigo, cada um tem seu jeito de viver e celebrar. Não devemos esquecer que a diversidade é o que enriquece nossa floresta. Podemos ser competitivos ou colaborativos, mas o que importa é respeitar as diferenças.”
Com tanto conhecimento, Bento se viu em um dilema. Cada opinião era válida, mas qual deveria prevalecer? Ele decidiu então, em seu artigo, incluir todas as vozes que ouviu. No dia da Festa da Colheita, os animais leram suas palavras e perceberam, emocionados, que cada perspectiva trazia uma verdade própria.
As diferenças, ao invés de separá-los, uniram a floresta de um modo inédito. A festa foi um momento de celebração da diversidade, onde cada animal se sentiu valorizado. Bento entendeu que na convivência respeitosa e na aceitação das opiniões alheias, reside a verdadeira harmonia.
Assim, eles aprenderam que ouvir uns aos outros é essencial, pois a verdadeira riqueza da floresta vem da soma de suas diferenças.
