Em um ensolarado dia de verão no pequeno vilarejo de Santa Clara, a brisa quente dançava entre as palmeiras. O aroma de manga madurando circulava pelo ar, mas para o velho senhor João, a temperatura alta não era o que chamava sua atenção. Ele observava o céu azul claro, saboreando uma lembrança distante: a neve.
“Ah, como era linda a neve!”, disse João, com um sorriso nostálgico. Seus netos, Ana e Pedro, estavam ao lado dele, intrigados.
“Vovô, o que é neve?”, perguntou Ana, com os olhos brilhando de curiosidade. “É algo mágico, uma fina camada branca que cobre tudo”, respondeu João, fechando os olhos. “Era como se o mundo se vestisse de um manto divino.”
Pedro, sempre mais prático, indagou: “Mas, vovô, por que você sente falta disso? Aqui é tão quente e bonito!” João respirou fundo antes de responder: “Às vezes, meu filho, a beleza está nas lembranças. A neve me lembra de passar tempo com seus bisavós, quando juntos celebrávamos a vida e a fé.”
A cada palavra de João, os netos escutavam atentamente. “Nós também celebramos a fé, vovô!” disse Ana, entusiasmada. “Neste calor, podemos fazer nossa própria festa!” João sorriu, percebendo que aquela nova juventude trazia luz ao seu coração.
“Sim, mas lembrem-se: a verdadeira fé também se reflete nas pequenas ações”, completou, olhando no fundo dos olhos dos netos. “É como a neve, que mesmo distante ainda pode nos ensinar. Devemos nos lembrar de espalhar bondade e amor, tal como a neve cobre tudo com sua paz. A beleza da fé está em nosso compromisso com os outros, seja na neve ou sob o sol quente!” Assim, sob o calor do verão, João semeava amor e esperança, como a neve que, mesmo longe, ainda trazia luz ao seu lar.