Era uma manhã fria em uma pequena aldeia no norte do país. O vento uivava lá fora, e a neve cobria tudo como um manto branco. Dentro de uma casa simples, uma criança chamada Luísa observava a neve pela janela, sonhando com brincadeiras ao ar livre. ‘Mãe, quando o inverno vai acabar?’ ela perguntou, com uma expressão de tristeza.
A mãe de Luísa, Ana, sorriu e respondeu: ‘Logo, querida. Mas você sabe, mesmo no inverno mais frio, sempre há esperança.’ Enquanto falavam, um barulhinho começou a soar na cozinha. Era o rato da casa, um pequeno visitante que tinha se entrado para se aquecer. Luísa, encantada, disse: ‘Olha, mamãe! Um ratinho!’
‘O que ele quer?’ indagou Ana, aproximando-se da cozinha. O rato, que parecia mais curioso do que assustado, olhou para elas com seus olhinhos brilhantes. Ana, percebendo a situação, decidiu deixar um pedaço de queijo bem na porta da despensa. ‘Quem sabe ele se afasta, mas também não quer passar fome.’
Luísa realizou um ato de generosidade e disse: ‘Eu também quero deixar um pouco do meu pão!’. Ana ficou impressionada com a atitude da filha: ‘Isso é uma bonita lição, Luísa. Mesmo nas situações difíceis, podemos mostrar bondade.’ O pequeno rato, agradecido, pegou rapidamente o queijo e o pão, e desapareceu no buraco da parede.
Nos dias seguintes, o rato continuou a aparecer, sempre levando consigo os petiscos que Luísa deixava. A cada visita, a criança ficava mais emocionada. ‘Ele se lembrou de mim!’ exclamou. Ana a encorajou: ‘Sim, querida. A bondade é como uma luz em um dia frio. Ela aquece o coração das pessoas e dos animais.’
Finalmente, uma semana depois, o sol começou a brilhar. O inverno estava chegando ao fim. Luísa, olhando para o céu azul, disse: ‘Mamãe, vamos fazer uma festa para comemorar a primavera?’ Ana sorriu e concordou. ‘Sim, e vamos lembrar que a bondade espalha esperança, mesmo nos momentos frios.’ E assim, com corações quentes, ambas se prepararam para celebrar a nova estação, lembrando da pequena lição que um rato trouxe para suas vidas.
