Guerra entre os animais da floresta
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Guerra entre os animais da floresta

Era uma vez uma floresta muito bonita, onde todos os animais viviam em paz. Mas um dia, por causa de uma pequena discussão sobre frutas, começou uma guerra entre os macacos e os pássaros. Tudo começou quando um macaco pegou uma fruta de uma árvore, sem perceber que o ninho de uma pequena ave estava ali.

— Ei! — gritou a passarinha, chamada Belle — Essa fruta é minha!

O macaco, chamado Tito, coçou a cabeça e respondeu:

— Desculpe, eu não sabia. Mas agora já peguei. Que tal dividirmos?

Belle não gostou da ideia de dividir o que considerava seu, e logo os outros pássaros se juntaram. Em pouco tempo, todos os macacos se uniram a Tito. O que era uma pequena discussão logo se transformou em uma guerra.

Um menininho, chamado João, estava na floresta naquele dia. Ele viu a confusão e ficou triste. João tinha um grande amigo, um coelho chamado Pipo, que também observava tudo.

— Pipo, precisamos fazer alguma coisa. Essa guerra não leva a nada — disse João, com os olhos preocupados.

O coelho balançou as orelhas e respondeu:

— Eu concordo, João. Mas como faremos isso?

João pensou por um momento. Ele se lembrou de uma história que sua avó sempre contava sobre tolerância e respeito. Decidido a pôr fim à guerra, ele pediu a ajuda dos animais que ainda estavam em paz, como os veados e os esquilos.

João reuniu todos no centro da floresta.

— Meus amigos! — começou ele — A guerra não traz nada de bom. Nós precisamos aprender a nos respeitar e a ser tolerantes uns com os outros.

Os macacos e os pássaros pararam para ouvir. Belle e Tito estavam cansados da briga e curiosos sobre o que João tinha a dizer.

— Tito, você sabia que era o ninho de Belle? — perguntou João.

Tito balançou a cabeça e respondeu:

— Não, João. Eu não sabia. Se soubesse, teria deixado a fruta para ela.

João então perguntou a Belle:

— Belle, você teria aceitado a fruta se Tito tivesse pedido desculpas?

Belle olhou para Tito e depois respondeu:

— Sim, eu aceitaria.

João sorriu e olhou para os outros animais.

— Vejam, a guerra começou por uma falha na comunicação. Todos nós cometemos erros. O importante é aprender a nos desculpar e a dar uma segunda chance.

Os animais que começaram a guerra se olharam envergonhados. Os veados e os esquilos bateram palmas com as patas, felizes com a atitude de João.

Pipo, o coelho, deu um pulinho e disse:

— João tem razão. A guerra não resolve nossos problemas. Vamos ser amigos e aprender a viver em paz novamente.

Tito e Belle se abraçaram, felizes por terem resolvido a questão. Aos poucos, todos os animais entenderam a importância da tolerância e do respeito. A guerra acabou e a harmonia voltou à floresta. Tito e Belle fizeram questão de compartilhar as frutas sempre que encontravam outra árvore frutífera.

João voltou para casa feliz, sabendo que tinha ajudado a floresta a superar a guerra. Ao contar a história para sua avó, ela sorriu com orgulho e disse:

— Você fez um ótimo trabalho, meu querido. A guerra nunca é a solução. Sempre devemos buscar a paz.

E assim, a paz reinou na floresta, pois todos aprenderam que respeito e tolerância eram os verdadeiros tesouros que mantinham a harmonia entre eles.

Os dias de guerra ficaram apenas na lembrança, e todos os animais sabiam que podiam contar uns com os outros para qualquer situação. As crianças da vila adoravam visitar a floresta e ouvir as novas histórias de amizade e união entre os animais.

Com seu coelho Pipo sempre ao seu lado, João sabia que, não importa o tamanho do problema, a solução sempre viria através do amor e do diálogo. Não havia mais espaço para a guerra no coração daqueles que aprenderam a perdoar e a viver em paz.

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