Era uma manhã tranquila de primavera, e os pássaros cantavam alegremente no quintal da família Oliveira. O pequeno João, um menino de sete anos, estava animado para explorar o jardim. Ele vestiu suas botas e saiu correndo porta afora.
— Mamãe, posso levar o Coelho para brincar no jardim? — perguntou João, todo empolgado.
— Claro, querido, mas cuide bem dele e não o deixe fugir — respondeu Dona Maria, sua mãe.
João pegou o Coelho, que tinha sido um presente de seus avós no último Natal, e correu para o jardim. Lá, ele colocou o bichinho no chão e o observou saltitar entre as flores. O Coelho era branquinho e tinha olhos azuis, e João se encantava vendo-o explorando o ambiente.
Enquanto isso, dentro de casa, Dona Maria preparava o almoço. Ela sempre fazia questão de cozinhar pratos deliciosos para sua família, e hoje não seria diferente. Seu marido, José, estava na sala lendo o jornal e esperando o almoço ficar pronto. Ele sempre ficava atento ao movimento no quintal, gostava de ver o filho feliz brincando com o Coelho.
De repente, João apareceu na cozinha, segurando o Coelho nos braços.
— Mamãe, o Coelho parece triste — disse ele, com uma expressão preocupada.
— Talvez ele esteja com fome, João. Que tal dar umas cenouras para ele? — sugeriu Dona Maria.
João correu para pegar algumas cenouras na geladeira e voltou com o Coelho para o jardim. Ele colocou as cenouras no chão, e o bichinho começou a roer com satisfação. João se sentiu aliviado ao ver seu amiguinho feliz novamente.
— Papai, sabia que o Coelho pode nos ensinar muito sobre amor? — disse João ao se aproximar do pai.
— É mesmo, filho? E o que ele pode nos ensinar? — perguntou José, intrigado.
— O Coelho é pequeno, mas ele é muito carinhoso. Quando estou com ele, sinto que estou aprendendo a cuidar das coisas pequenas e dar valor a elas — explicou João com toda sua sinceridade infantil.
José ficou impressionado com a sabedoria do filho e sorriu.
— Você tem razão, João. Às vezes, são as coisas pequenas que nos ensinam as maiores lições sobre amor.
Dona Maria, que estava ouvindo a conversa da cozinha, sentiu seu coração se encher de alegria. Ela sempre acreditou que o amor estava nos gestos simples, e ver seu filho aprendendo isso a partir do convívio com o Coelho a deixava muito emocionada.
— Sabe, mamãe, papai… — disse João, interrompendo o silêncio da refeição. — Acho que ter o Coelho aqui em casa é uma bênção. Ele nos mostra como é importante amar e cuidar uns dos outros, não importa o tamanho.