A Cobra e o Jovem Guerreiro
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A Cobra e o Jovem Guerreiro

Em uma época antiga, em um vilarejo rodeado por vastos campos e densas florestas, vivia um jovem chamado Elian. Elian era conhecido por sua coragem e força, mas acima de tudo, pela sua obediência aos ensinamentos de seu mentor, um velho sábio chamado Tobias.

Um dia, o vilarejo enfrentou uma grande ameaça. Uma cobra gigante havia se instalado nas proximidades, espalhando medo e pânico entre os aldeões. Essa cobra não era uma criatura comum; era dita ser uma guardiã de antigas relíquias sagradas, e muitos acreditavam que ela possuía poderes misteriosos.

Tobias chamou Elian e disse-lhe: “Para proteger nosso povo, você deve confrontar a cobra. Mas lembre-se, a força e a coragem só podem levá-lo até certo ponto. A verdadeira vitória vem da obediência às leis da natureza e da sabedoria.”

Elian armou-se com apenas uma lança e partiu em direção ao local onde a cobra havia sido vista pela última vez. Contudo, ao invés de atacá-la imediatamente, ele observou-a de longe. Elian lembrou-se das palavras de Tobias sobre a obediência e percebeu que a cobra só atacava quando se sentia ameaçada.

Então, Elian começou a falar em voz baixa, transmitindo suas intenções pacíficas. Dias passaram, e a cada dia, Elian aproximava-se mais da cobra, sempre mostrando respeito e obediência às leis da natureza, como Tobias havia ensinado. A cobra, por sua vez, começou a aceitar sua presença.

Um amanhecer, ao chegar ao local, Elian encontrou a cobra com uma de suas escamas brilhantes ferida. Lembrando-se de uma antiga lição de Tobias sobre a cura através das ervas, Elian preparou um unguento e, com extrema cautela e respeito, aproximou-se da cobra e aplicou-o na ferida.

A partir desse dia, a cobra e Elian desenvolveram um incomum vínculo de confiança. A cobra jamais voltou a atacar os aldeões e, com o tempo, mudou-se para mais longe, deixando as proximidades do vilarejo em paz.

Elian retornou ao vilarejo como um herói, mas fez questão de compartilhar a verdadeira lição de sua aventura: “Não foi minha lança que nos salvou, e sim a obediência e o respeito pelas leis da natureza e pelas criaturas que com a gente compartilham este mundo.”

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