Janelas ao Vento
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Janelas ao Vento

Na pequena aldeia de Zéfiro, onde o vento sussurrava histórias através das folhas das árvores, a diversidade era celebrada todos os dias, como se fosse sempre primavera. Os animais da floresta e os habitantes viviam em harmonia, compartilhando suas opiniões e aprendendo uns com os outros.

Numa tarde ensolarada com o vento brincando no ar, o coelho Benjamin – conhecido por sua sabedoria – organizou uma reunião no centro da aldeia. As aves, com seus cantos variados, espalharam a novidade, e não demorou para os animais e moradores se reunirem ao redor da grande oliveira.

— Amigos, estamos aqui para ouvir e ser ouvidos. Todo sopro de vento nos traz uma nova perspectiva, assim como cada um de vocês carrega uma visão única — começou Benjamin.

A lebre, veloz no corpo e nos pensamentos, foi a primeira a se expressar.

— Precisamos correr mais rápido, ir além dos limites da nossa aldeia! — disse ela, com entusiasmo.

— Mas não devemos primeira cuidar da nossa casa? — sugeriu o lento, porém pensativo, Jabes, o jabuti, lembrando ao grupo a importância de nutrir a união local.

O vento balançou as folhas da oliveira como em concordância, e foi ali que Daniel, o pequeno leão que sempre oferecia proteção, falou:

— Não há necessidade de debatermos com garra. Nossas diferenças são forças quando unidas, não separadas.

A conversa fluiu como a brisa, trazendo simpatia e compreensão. Maria, a mulher que cuidava das rosas, compartilhou suas experiências com alegria:

— Assim como o vento carrega o perfume das minhas rosas para além do jardim, nossas ideias podem se espalhar e enriquecer novos corações.

Um pássaro pousou sobre a mesa de pedra, declamando em acordes alegres:

— Vamos voar com as asas do vento, mas sempre voltar para o nosso ninho!

Todos riram e concordaram, e o vento pareceu soprar em celebração daquela união. A reunião continuou, cada voz como uma lufada de ar fresco. Cada opinião, uma brisa leve que moldava a convivência na aldeia de Zéfiro.

A tarde despediu-se com uma suave brisa, e o grupo dispersou prometendo voltar a se encontrar. Com o vento testemunhando o enlace das palavras e a dança dos pensamentos, a aldeia de Zéfiro manteve-se um lugar onde a conciliação e a diversidade de opiniões foram tão naturais e revigorantes quanto o ar que respiravam.

Assim, a harmonia prevaleceu, embalada pelas canções do vento, onde cada sopro era um símbolo de paz e entendimento — um sussurro eterno das folhas narrando histórias de respeito mútuo e amor fraterno.

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