A Paciência do Pintor Antigo
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A Paciência do Pintor Antigo

Era uma vez, em uma aldeia pequena, um pintor renomado por suas obras magníficas. Seus quadros eram tão vívidos e cheios de vida que as pessoas viajavam por vales e montanhas apenas para admirá-los. No entanto, em tempos tão remotos, a arte de pintar não era uma tarefa rápida; exigia uma calma e uma paciência que poucos possuíam.

A paciência do pintor era notável. Ele podia passar horas imerso na sua arte, misturando cores e delineando formas com uma precisão invejável. A aldeia sabia que, para criar beleza, era preciso tempo.

Contudo, havia um vilão no conto do nosso artista, um mago amargo chamado Moros que invejava a arte e a paciência do pintor. Moros sempre achava que a solução para tudo era a velocidade e a urgência. Ele nunca entendia por que alguém passaria dias, ou até meses, em uma única pintura quando podia fazer magia instantânea.

O mago, cansado da admiração que o pintor recebia, lançou um feitiço sobre ele. “Vou ver como seu talento aguenta quando não puder mais usar sua amada paciência”, riu Moros. Com um estalar de dedos, o feitiço fez com que o pintor sentisse uma pressa intensa, uma necessidade inexplicável de terminar suas obras depressa.

Mas o pintor não entregou sua arte à pressão do vilão. Ele sentia o feitiço tentando apressá-lo, mas respirava fundo e continuava a pintar com deliberada lentidão. Dia após dia, mesmo sentindo uma urgência crescente, ele seguia adicionando camadas de tinta com calma e cuidado.

A aldeia observava, fascinada. Mesmo sob o efeito do feitiço, as obras do pintor continuavam belas. Eles não entendiam como ele conseguia manter a calma e a paciência. O pintor simplesmente sorria e dizia, “A verdadeira arte não conhece pressa.”

Com o tempo, o pintor continuou produzindo quadros maravilhosos, e cada um parecia desafiar Moros e seu feitiço maldoso. O vilão via que, apesar de seus esforços, não podia destruir a paciência do pintor.

No final, Moros compreendeu que tinha errado. Vencido pela persistência e serenidade do pintor, o mago finalmente aprendeu que a verdadeira mestria, seja na pintura ou na magia, só poderia ser alcançada com tempo, dedicação e paciência.

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