Era uma vez, numa fazendinha cercada por montanhas e campos verdes, um grupo de animais que vivia como uma grande família. E eles tinham algo especial: todos ajudavam uns aos outros, e a amizade era o maior tesouro daquela comunidade.
O sol nascia cedo na fazenda, e o galo Geraldo era sempre o primeiro a acordar. Com seu “cocoricó!” matinal, ele avisava que um novo dia havia começado.
— Bom dia, fazenda! — gritava Geraldo do topo do galinheiro, enquanto as primeiras luzes do dia tocavam as folhas das árvores.
Não muito longe dali, Bento, o porco apaixonado por lama, já rolava feliz em sua poça preferida.
— Nada como uma banho de lama fresquinha pela manhã! — exclamava Bento, satisfeito.
Enquanto isto, a vaca Violeta, mãe carinhosa de dois bezerros, começava seu dia dando o leite mais puro para as crianças da fazenda.
— Mamãe, você faz o melhor leite do mundo! — dizia um dos bezerros.
— Ah, meus queridos, é tudo por vocês! — respondia Violeta, com um sorriso largo no rosto.
Lá no pasto, o cavalo César corria como o vento, sua crina voando com a brisa.
— Vem, Lola! Aposto que não consegue me alcançar! — desafiava ele, enquanto a ovelha Lola corria aos risos atrás dele.
Tudo corria em paz na fazendinha, mas um dia os animais perceberam que algo estava errado: o celeiro, onde guardavam o feno e os grãos, estava com o telhado danificado. A chuva poderia estragar todo o alimento!
— Precisamos consertar o celeiro antes da próxima chuva — disse Geraldo, preocupado.
— Mas nós não sabemos como consertar um telhado… — murmurou Bento.
Foi então que Matias, o ratinho mais esperto da fazenda, teve uma ideia brilhante.
— Podemos pedir ajuda ao senhor Roberto, o humano amigo que cuida da fazenda. Ele gosta de nós e vai saber o que fazer.
Juntos, todos foram até a casa do senhor Roberto e, com sinais e muitos olhares, conseguiram explicar o problema.
— Entendi! Vou consertar o telhado para vocês — disse o homem com um sorriso.
Nos dias seguintes, todos os animais da fazenda ajudaram como podiam. Enquanto o senhor Roberto trabalhava no telhado, os animais passavam materiais, seguravam a escada e até afastavam os insetos curiosos.
Depois de muito trabalho e cooperação, o celeiro ficou perfeito. Senhor Roberto ficou orgulhoso daqueles animais tão unidos e a fazenda celebrou com uma grande festa ao anoitecer.
— Juntos, nós podemos fazer qualquer coisa — dizia César, enquanto todos concordavam com a cabeça.
E assim, os animais da fazenda dos laços fortes se deram conta de que, ali, a amizade não era apenas uma palavra, mas sim um laço que os unia e os fazia mais fortes perante qualquer desafio.