O Encontro na Floresta Sábia
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O Encontro na Floresta Sábia

Era uma manhã esplêndida na floresta de Esmeralda, onde os raios do sol adentravam triunfantes por entre a folhagem espessa, criando desenhos luminosos no tapete verde que cobria o solo. Naquela floresta pulsante de vida e cores, uma pequena assembleia de animais se reunia frequentemente para debater sobre questões importantes e compartilhar experiências.

Em um desses encontros, encontramos Catarina, uma coruja experiente e sábia, que sempre tinha valiosos conselhos para dar; Leo, um jovem leão que ainda tinha muito a aprender sobre a vida; e Filipe, um esquilo inquieto e cheio de perguntas. Estes, dentre outros animais, formavam um círculo sob a sombra acolhedora de uma grande árvore centenária.

“Amigos,” começou Catarina, “como sabem, cada um de nós enfrenta desafios em nossas vidas, e é através deles que crescemos e amadurecemos. Vou lhes contar uma história acerca da raposa vermelha e do riacho.”

Os olhos dos presentes brilhavam em antecipação. Catarina era conhecida por suas histórias enriquecedoras.

“Havia uma raposa chamada Vítor que, durante um verão muito seco, se viu diante de um riacho cujas águas corriam rasas e lentas. Desesperado por água, Vítor tentou beber, mas suas patas levantavam a lama do fundo, sujando a água e tornando-a imprópria para beber. Ele se atirava de um lado para o outro, cada vez mais desesperado, sem perceber que sua agitação só piorava a situação.”

Leo, o jovem leão, olhou pensativo, enquanto Filipe mordiscava um pedaço de noz, contemplando a história.

“Certo dia,” continuou Catarina, “Vítor viu uma garça pousar tranquilamente no riacho. Ela esperava pacientemente e, no momento certo, abaixava suavemente seu longo pescoço e bebia a água límpida que fluía entre seus pés imóveis. Vítor, observando isso, aprendeu uma grande lição. Percebeu que a impaciência somente o afastava daquilo que mais precisava.”

Filipe levantou a pata: “Mas que lição Vítor aprendeu, Catarina?”

A coruja olhou para ele com seus profundos olhos sábios e respondeu: “Vítor aprendeu que a agitação e a pressa muitas vezes nos impedem de ver a solução que está bem diante de nós. Aprendeu que a calma e a paciência são chaves para superar as dificuldades.”

Os outros animais acenavam com a cabeça, refletindo sobre as palavras da coruja. Leo então disse: “Isso me faz pensar sobre quando tento caçar. Às vezes, minha impaciência me faz correr sem pensar e eu acabo perdendo a presa.”

“Exatamente, Leo,” confirmou Catarina. “E, em sua vida, você encontrará muitos ‘riachos’ que precisará saber como atravessar.”

Os animais passaram o resto do dia discutindo as histórias e lições compartilhadas, cada um contando suas próprias experiências e como eles haviam aprendido com seus erros e sucessos.

À medida que o sol se punha e a floresta assumia tons dourados e vermelhos, os animais se dispersaram, levando consigo os ensinamentos do dia. Sabiam que, apesar de suas diferentes formas e tamanhos, enfrentavam desafios semelhantes e que, juntos, podiam aprender muito mais.

Moral da história: A paciência e a calma são virtudes que, quando bem aplicadas, nos permitem ver com clareza e agir sabiamente diante dos desafios da vida. A agitação e impaciência apenas turvam as águas de nossa existência, impedindo-nos de beber da fonte de soluções efetivas.

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