Em um castelo imponente no topo de uma colina, havia uma tensão palpável no ar, pois o Rei havia proclamado uma competição para determinar qual de seus três súditos mais leais ofereceria o melhor serviço ao reino. Estes eram Sir Leonhard, o valente guerreiro; Lady Eleanor, a sábia conselheira; e Jovem Tobias, o humilde jardineiro.
Sir Leonhard foi o primeiro a apresentar-se, a armadura reluzindo sob o sol. “Meu rei, lutarei contra qualquer inimigo que ousar desafiar o nosso reino!”, proclamou com voz firme.
Lady Eleanor seguiu, trajando um manto azul adornado de símbolos do saber. “Majestade, guiarei vossa governança com estratégias que assegurarão prosperidade aos nossos cidadãos”, disse com confidente serenidade.
Tobias, vestindo roupas de tecido simples, chegou por último, trazendo consigo um pequeno vaso com uma flor. “Majestade, cuidarei dos jardins do castelo com dedicação, para que todos que aqui entrarem possam desfrutar da beleza e da paz”, falou com genuína humildade.
O Rei, um homem de justa postura e sábias palavras, mirou os três. “Há honra em vossa bravura, Sir Leonhard. Inteligência em vosso conselho, Lady Eleanor. E beleza em vosso cuidado, Tobias. Como poderei julgar o mérito de tais dons diversos?”
Sir Leonhard com impetuosidade sugeriu, “Convoque os mais ferozes guerreiros e permita-me demonstrar minha força em batalha.”
Lady Eleanor replicou, “Guerras custam vidas e riquezas. Deixe-me organizar o conselho do reino e encontrarei maneiras de poupar ambos em prol de um futuro estável.”
Tobias acrescentou pouco após, “Embora pequeno meu ofício, ele carrega o mesmo princípio adotado tanto no campo de batalha quanto no conselho: cuidado e dedicação. O que é um castelo sem o esplendor de suas terras?”
Contemplativo, o Rei propôs então um desafio diferente. “Cada um de vós deve ensinar o outro sua habilidade. O melhor dentre vós será aquele que elevar o outro a um patamar que nunca alcançaria sozinho.”
Assim, Leonhard ensinou Tobias a lidar com a espada, e a ele Eleanor explicou os princípios básicos da diplomacia. Por sua vez, Tobias mostrou a Leonhard a arte de podar rosas, enquanto ensinava Eleanor sobre a simetria e o equilíbrio na natureza.
Com o tempo, Leonhard percebeu que a paciência necessária para cuidar das plantas poderia também ser útil em estratégias de longo prazo. Eleanor viu que compreender a terra e seu ciclo dava uma nova perspectiva sobre como melhorar a vida do povo. E Tobias, embora continuasse a preferir suas flores, ganhou confiança e conhecimento sobre si mesmo e o mundo.
Quando o dia do julgamento chegou, os três se apresentaram novamente diante do Rei. “Majestade, aprendi mais com meus companheiros do que em qualquer batalha”, confessou Leonhard. Lady Eleanor concordou, “A sabedoria está em todas as coisas, grandes e pequenas.” Já Tobias disse, “Cada ensinamento enriqueceu meu espírito.”
O Rei sorriu satisfeito. “Vedes? O verdadeiro mérito não está apenas em fazer o que fazemos de melhor, mas em elevar os outros a fazerem o mesmo. Sois todos exemplos de virtude e humildade. O reino prosperará sob nossas mãos, pois elas trabalham juntas para o bem de todos.”
Assim, o castelo não só prosperou como se tornou um símbolo da união e do esforço mútuo, lembrando a todos que, ao dar o seu melhor para o outro, se obtém um bem maior para si mesmo.